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Inscrições e metodologia da Cúpula dos Povos Inscrições e metodologia da Cúpula dos Povos

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Dinâmica e Metodologia da Cúpula dos Povos, por Justiça Social e Ambiental contra a Mercantilização da Vida e da Natureza em Defesa dos Bens comuns

 

Objetivos da Cúpula dos Povos

 

  • Marcar um posicionamento frente a pauta da conferencia oficial Rio+20: critico a economia verde no marco das falsas soluções e ao debate insuficiente sobre governança global;
  • Visibilizar as lutas dos povos frente ao modelo existente e suas formas de exploração a nível global, em particular no Brasil e na America Latina, e ao mesmo tempo estreitar os laços de solidariedade e foretalecer os atores sociais nos espaços simbólicos de luta popular no Rio de Janeiro e no Brasil;
  • Apresentar propostas teóricas e práticas, as soluções dos povos que já estão em construção frente as crises sistêmicas;
  • Acumular forcas para o pós Rio+20, recompor pautas de luta dos movimentos no marco político da luta anticapitalista, expressando a luta de classes, antirracista, antipatriarcal, anti-homofóbica, contra a mercantilização da vida e da natureza, em defesa dos bens comuns, contra a ofensiva do capital nos territórios e a perda dos direitos
  • Produzir agenda comum de lutas mundiais e posições convergentes, construídas a partir do que os movimentos sociais e organizações da sociedade civil trazem de acumulo e processos em curso, que se traduzem durante o processo de preparação da Cúpula, e na própria.

 

Caráter: Espaço dos Povos, livre das corporações e autônomo em relação aos governos

 

Eixos orientadores

 

As atividades e processos de construção de posições são orientados pelos seguintes eixos para reflexão, debates e síntese:

  • 1) Causas estruturais das crises e injustiças sociais e ambientais, falsas soluções e novas formas de acumulação do capital sobre os povos e territórios
  • 2) Soluções reais e novos paradigmas dos povos
  • 3) Agendas, campanhas e mobilizações que unificam o processo da luta anticapitalista após a Rio +20

 

Atividades

 

A programação da Cúpula esta disponível aqui, com os horários, datas e lugares das atividades, junto ao mapa do espaço da Cúpula em Rio.

Veja aqui para as inscriçoes individuais.

 

A Cúpula dos Povos contempla uma serie de atividades:

  • 1.Acampamentos
  • 2.Territórios do Futuro
  • 3.Atividades Culturais
  • 4.Espaços de Feira
  • 5.Espaços Compartilhados de Mídia Livre
  • 6.Atividades Autogestionadas de Articulação
  • 7.Plenárias de Convergência Pré-Assembléia
  • 8.Assembléia dos Povos
  • 9.Mobilizações
  • 10.Avaliação

 

As atividades realizadas na Cúpula devem contribuir e convergir para a Assembléia dos Povos, como expressão da mobilização, tendo como horizonte a construção de unidade na diversidade.

 

As atividades de 1 a 5 serão simultâneas e acontecerão entre os dias 15 e 22 de Junho, tornando a Cúpula um espaço vivo e de trocas.

 

As atividades 6 a 8 tem como objetivo um processo concatenado de

  • 1) debate de conteúdo e síntese das reflexões segundo os eixos da Cúpula – na Atividades Autogestionadas de Articulação
  • 2) construção de convergências em torno de grandes temas agregadores – nas sessões das Plenárias de Convergência que terão, cada uma em torno de um dos 5 temas, 3 sessões seguidas de construção de posicionamento a partir das contribuições das atividades autogestionadas
  • 3) e, finalmente, a expressão da mobilização em torno de posições comuns, segundo os eixos da Cúpula, nas sessões da Assembléia dos Povos.

 

As mobilizações convocadas pela Cúpula dos Povos estarão concentradas nos dias 5 de Junho – Dia Mundial do Meio Ambiente e no dia 20 de Junho, dia de Ação Global.

O dia 23 será destinado a avaliação do processo pelos organizadores e participantes da Cúpula dos Povos.

 

A seguir, uma descrição mais detalhada de cada uma das atividades:

 

1. Acampamentos:

São espaços autônomos e autogestionados organizados pelos movimentos como Via Campesina, Mulheres, Povos Indígenas, Quilombolas e Populações Tradicionais, Juventude…

 

2. Territórios do Futuro:

Espaços que reúnam experiências demonstrativas, práticas, troca de saberes e educação popular que apresentem aos participantes da Cúpula e à sociedade caminhos para a construção de um planeta com justiça social e ambiental. Os Territórios incluem o Aterro do Flamengo e outros locais na cidade do Rio de Janeiro.

As inscrições para estes espaços estão agora fechadas.

Veja a lista de atividades confirmadas dos Territórios do futura.

 

3. Atividades culturais:

Atividades musicais, de vídeo, cinema, teatro, dança, artes em geral, expressões populares e outros terão espaços simultaneos e fortalecerão os laços entre os participantes da Cúpula dos Povos e desta com a sociedade.

Inscrições no site da Cúpula (até 20 de maio).

 

4. Espaços de feira:

Espaços de alimentação, economia solidaria, estandes. Serão espaços para alimentação dos participantes e feiras baseadas na economia solidária e no comércio justo, alem de estantes onde entidades e redes poderão expor seus materiais de trabalho.

Inscrições em breve no site da Cúpula.

 

5. Espaços compartilhados de Mídia Livre:

Áreas compartilhadas para mídia livre, coletivos radiofônicos, associações e rádios comunitárias, ilhas de edição de vídeo e um portal interativo estão previstos para funcionar no território da Cúpula dos Povos.

Inscrições aqui no site da Cúpula (até 20 de maio).

Imprensa. Inscrições no site da Cúpula (até 15 de maio).

 

6. Atividades Autogestionadas de Articulação:

Devem ser propostas, através do site www.cupuladospovos.org.br até o 5 de maio.

São atividades coletivas (como seminários, debates, oficinas, palestras, rodas de conversa, encontros, visitas guiadas a comunidades e projetos…), articuladas por temas ou por setores e propostas pelo maior numero possível de organizações, coletivos ou movimentos (devido as limitações de espaço).

Tem como objetivo aprofundar a reflexão e o acumulo, temático ou setorial, de acordo com o interesse das organizações, buscando sempre que possível visibilizar lutas locais ou articular lutas locais e globais.

Tem como recomendação a inscrição destas a atividades a sistematização dos resultados de acordo com os 3 eixos da Cúpula e indicação de participação em pelo menos uma das Plenárias de Convergência.

Veja a lista de atividades de articulação confirmadas.

 

7. Plenárias de Convergência Pré-Assembléia

Serão grandes Plenárias de convergência entre temas e setores em preparação para a Assembléia dos Povos, organizadas a partir das contribuições das Atividades Autogestionadas de Articulação e processos históricos de lutas e organização.

Serão 5 grandes plenárias simultâneas, organizadas em 3 sessões cada uma, conforme a grade de programação.

Veja a Guia sobre as plenárias de convergência e Assembleia dos Povos.

 

Objetivos:

  • 1) Aprofundar o diálogo e as convergências entre temas e setores
  • 2) Consolidar posições comuns entre múltiplos sectores e temas de convergência e criar as bases para a Assembléia dos Povos como expressão da unidade na diversidade, de mobilização e forca política que dispute sentido com o processo oficial
  • 3) Construir um posicionamento da Cúpula dos Povos frente a Conferencia Rio+20 no contexto mais amplo das crises sistêmicas a partir dos diferentes temas agregadores
  • 4) Fortalecer o movimento, acumular forcas para adiante, recompor pautas e agendas de luta e gerar um novo ciclo de mobilizações para adiante

 

Temas agregadores e subtemas relacionados a cada uma das 5 Plenárias de Convergência:

 

Plenária 1 – Direitos, por Justiça Social e Ambiental
  • Direitos Humanos, Coletivos e Territoriais, Direito à Terra, Direito à Cidade, Direito à Água
  • Direitos Étnicos, das Mulheres, Ambientais, da Natureza / Mãe Terra, à Vida
  • Combate ao Racismo, à Desigualdade e à Injustiça Ambiental
  • Afirmação dos DHESCA, Justiça Ambiental, Justiça Climática

 

Plenária 2 – Defesa dos Bens Comuns Contra a Mercantilização
  • Terra/Território, Água, Biodiversidade, Ar/Clima
  • Conhecimento, Cultura, Saber Popular e Tradicional, Comunicação
  • Mercantilização da Natureza, Financeirização e Dívida

 

Plenária 3 – Soberania Alimentar
  • Agricultura Familiar e Camponesa, Agroecologia, Sementes
  • Mudanças Climáticas e Desertificação, Relação campo-cidade, agricultura urbana, Agroenergia, Monocultivos e Agrotóxicos

 

Plenária 4 – Energia e Indústrias Extrativas
  • Mineração e indústrias extrativas, Megaprojetos, Energia para que e para quem, Infra-estrutura, Militarização
  • Combustíveis Fósseis, Agrocombustiveis, Energia Nuclear, Grandes Barragens
  • Soberania Energética, energias renováveis, descentralização da geração e distribuição de energia

 

Plenária 5 – Trabalho: Por uma Outra Economia e Novos Paradigmas de Sociedade
  • Trabalho Decente, Divisão Sexual do Trabalho
  • Modelo de Produção e Consumo, Saúde, Educação, Migrações
  • Economia Solidaria e Cooperativismo
  • Novas políticas habitacionais e urbanísticas, de saneamento e de transporte coletivo
  • Crise global e lutas de resistência contra as corporações
  • Governança e a captura do sistema financeiro sobre as instituições e a política
  • Novos Valores e Paradigmas de Sociedade, Desenvolvimento Sustentável, Desdesenvolvimento, Buen Vivir, Decrescimento, economia da reciprocidade e do cuidado

 

A partir dos processos prévios e dos acúmulos dos movimentos que tem articulado este temas agregadores, serão disponibilizados em breve textos síntese como ponto de partida para cada uma das Plenárias, que deverão a partir da Cúpula trabalhar com as contribuições dos resultados das atividades autogestionadas sistematizadas nos três eixos da Cúpula.

 

8. Assembléia dos Povos

 

Serão 3 sessões de Assembléia, cada uma relacionada a um dos3 eixos da Cúpula dos Povos, com caráter de mobilização e expressão das convergências e posicionamentos construídos no processo da Cúpula dos Povos.

A apresentação publica dos posicionamentos e convergências serão permeadas por ações simbólicas e culturais e animadas pelos diferentes movimentos respeitando e valorizando a diversidade das culturas de organização e mobilização.

Espera-se que as Assembléias sejam um momento político e simbólico nas lutas populares, reunindo, mobilizando e celebrando milhares de pessoas em torno analises, soluções e causas comuns.

Veja a Guia sobre as plenárias de convergência e Assembleia dos Povos.

 

9. Mobilizações

 

A mobilização é um eixo central da Cupul dos Povos e seu impacto será maior se coordenarmos nossas ações.

Os dias 5 e 20 de junho serão dias de Accao Global, onde devemos conectar e coordenar as mobilizações que acontecema nestes dias pelo mundo e dar a conhecer nossas mensagens.

O GT Mobilização esta coletando e sistematizando informações sobre o que estão planejando as organizações para este dias: que ações, onde, quando, com quem. Um parágrafo com estas informações devem ser enviadas ao GT Metodologia, informando também nome, endereço eletrônico e organização que queria somar-se a organização das Mobilizações Globais, para: graciela(at)equit.org.br (GT Mobilização)

 

10. Avaliação

 

O Ultimo dia da Cúpula dos Povos será destinado a avaliações internas entre as organizações do GA, participantes e comunicados de imprensa.

 

 

Próximos Passos

 

Na agenda de organização do processo da Cúpula dos Povos, estão previstos os seguintes passos no avanço das dinâmicas e metodologia:

  • 1) Conformação de Subcomissões de sistematização, facilitação e de construção do simbólico, a partir da indicação das redes e organizações e elaboração de textos sínteses que contextualizem os debates e processo de convergência que se darão em cada uma das 5 Plenárias;
  • 2) Reunião do GA Nacional seguida de reunião dos GTs, entre os dias 23 e 25 de abril no Rio de Janeiro. O GT Metodologia reunirá as subcomissões com objetivo de avançar na articulação das sínteses de conteúdo e dinâmica das Plenárias de Convergência e programação das Assembléias, alem de avaliar junto ao GT Território a disponibilidade de espaço para as atividades autogestionadas inscritas;
  • 3) Seminário Internacional, reunião do GA Internacional, seguida de reunião do GT Metodologia, entre os dias 9 a 14 de maio no Rio de Janeiro. O GT Metodologia organizará um treinamento de preparação dos facilitadores e sistematizadores que atuarão nos processo das Plenárias e Assembléias.

 

Atores
Regiões
Detalhes da iniciativa
Documentos adjuntos