Iniciativas
Building Participation of Youth at The People’s Summit Enlace das juventudes da Cúpula dos Povos

 

Pelo direito ao futuro, o papel da juventude hoje!

Convergência ambientalista e anticapitalista

“Contra a Economia Verde, no contexto do fim da guerra aos pobres, pela erradicação da extrema riqueza.”

 

Quem Somos

 

O Enlace das Juventudes é uma articulação de redes, movimentos e entidades juvenis, que tem como proposta mobilizar e qualificar a participação das organizações de juventudes nacionais e internacionais na Cúpula dos Povos, evento que ocorrerá em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, entre os dias 15 e 23 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro.

 

O que hoje o que conhecemos como “Enlace das Juventudes rumo à Rio+20” tem origem em diversos processos convergentes das juventudes. Foi durante o V Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente (ENJMA), ainda em 2010, que se consolidou a intenção e a necessidade de convergência entre as juventudes para reflexão sobre nosso futuro e sobre a Rio+20. O ano de 2011 foi fértil nessa direção – com apoio e protagonismo do Fórum Brasileiro de ONGs e MOVIMENTOS SOCIAIS (FBOMS), foram realizadas variadas reuniões de planejamento e partilha de planos. Em 2012, passamos por uma Conferência Nacional de Juventude (CNJ) e por um Fórum Social Temático (FST) – ambos momentos centrais para difusão de informações e pactuações. Culminamos, então, numa ampla reunião de convergência, o “Enlace das Juventudes”, no Rio de Janeiro – responsável pela grande articulação nacional das juventudes que hoje se apresenta. Como parte integrante e indissociável do Comitê Facilitador da Sociedade Civil para Rio+20, o Enlace das Juventudes está diretamente focado na Cúpula dos Povos e vem ganhando força através de várias ações e processos das juventudes, conduzidas por cada movimento, coletivo e rede que, de alguma, forma fazem parte do “Enlace das Juventudes” da Cúpula dos Povos.

 

Este “Enlace” de organizações compreende um momento histórico, em que se faz necessário fomentar e experimentar modelos de sociedades sustentáveis, que utilizem da cultura de paz e de tantos outros meios de luta como instrumentos vitais de resistência – a busca pela justiça ambiental e social e pela soberania dos povos é central! O Enlace assume, portanto, de forma coletiva, aberta, democrática e participativa, a organização do Território Internacional das Juventudes durante a Cúpula dos Povos.

 

Venha somar nessa luta com a gente!

 

Como participar?

 

A Cúpula dos Povos irá problematizar os diversos temas em pauta no encontro oficial da ONU e pretende contribuir à convergência das diversas bandeiras de luta da sociedade civil. Atividades autogestionadas e estruturantes, mobilizações e plenárias são algumas das ações previstas para a Cúpula.

 

Convocatória do Enlace das Juventudes

 

Às organizações, redes e movimentos das juventudes do mundo

 

Desde 1972, a cada 10 anos, a ONU organiza as conferências mundiais conhecidas como as Cúpulas da Terra, espaços de tomadas de decisão em nível global. Nesses processos, a cúpula mais importante até o momento foi a do Rio de Janeiro, em 1992, com a presença de mais de 100 chefes de estados e 1.500 ONGs, redes e movimentos sociais. Essa cúpula foi um momento de conjunção política muito forte, com contexto que favoreceu diretrizes fundamentais para a garantia de uma sociedade sustentável e justa, introduzindo a idéia dos direitos e responsabilidades aos países para políticas sociais e ambientais. E foi desde esse evento que o conceito de desenvolvimento sustentável ganhou grande destaque em todo o mundo e passou a fazer parte da agenda global.

 

A Rio+20 é um importante momento para refletir sobre os rumos dos povos e das nações em níveis globais. Sabemos que, desde a Eco 92, muitos problemas se agravaram. E, nesse caminho, o neoliberalismo – fase atual de manifestação do capitalismo – promove um modelo de desenvolvimento predatório que agride a vida do planeta como um todo. Sabemos também que esse modelo passa por uma grave crise e que as saídas para ela são mobilizadas pelas ‘grandes potencias mundiais aliadas às mega-corporações’, e que suas soluções continuam fomentando mais agressão aos povos – como o corte de direitos universais, a privatização e mercantilização da vida e tantas outras formas de injustiça. Visivelmente, a juventude é uma das partes mais afetadas por essas injustiças, visto que, em todo o planeta, mais de 50% dos desempregados são jovens e que por isso acabam sendo reféns dessa lógica perversa.

 

Podemos dizer também que a crise ambiental na qual o planeta se encontra e a qual vivenciamos local e globalmente todos os dias pode ser caracterizada fundamentalmente como uma crise geracional, já que meio ambiente é um bem comum e a exploração indevida da natureza por parte da humanidade afeta diretamente as condições das gerações seguintes e atuais de viverem com dignidade. Isso torna a questão socioambiental inerente ao campo de atuação das juventudes. É também a razão pela qual a geração de jovens contemporâneos está sendo desafiada a estabelecer-se culturalmente numa sociedade onde os direitos individuais e coletivos – incluindo os elementos fundamentais a vida como a terra, a água, a comunicação, o conhecimento, a educação e a cultura – estão sujeitos a liberdades privadas de megacorporações.

 

As juventudes compreendem este momento histórico, no qual se faz necessário fomentar modelos de sociedades sustentáveis e participativas que utilizem outros meios de luta como instrumentos vitais de resistência, busca pela justiça social e ambiental e pela soberania dos povos. Estamos em defesa de saídas antirracistas, antisexistas, anti-homofóbicas, com trabalho digno e educação pública, gratuita e de qualidade, e a favor de um novo modelo desenvolvimento para as futuras gerações.

 

Com o intuito de contribuir com a mobilização e qualificação do processo de participação política das juventudes na Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, que acontecerá de forma paralela à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), as juventudes do Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20 propõem a construção de um processo aberto que permita o envolvimento de organizações, redes e movimentos das juventudes de todo o mundo. Esse processo deve incluir o planejamento de um território (acampamento) partilhado e colaborativo das juventudes. E como parte de um processo originado no Fórum Social Temático (Porto Alegre, Brasil 2012), várias atividades do GT de Juventudes do Fórum convergiram para o processo Olhares das Juventudes para a Rio+20, com a ampliação significativa das entidades e movimentos de juventudes e o encaminhamento de propostas para a Cúpula dos Povos.

 

É nesse sentido que o Enlace de Juventudes convoca as organizações, redes e movimentos juvenis brasileiros e do mundo para que compreendam e assumam sua importância nesse processo que deve ser estimulado e fortalecido. E, além de tudo, que esse coletivo possa destinar esforços às políticas públicas para criar e subsidiar ações juvenis populares rumo a um mundo mais humano, justo e solidário permanentemente.

 

Vinte anos após a Eco 92, estaremos de volta onde tudo começou para reafirmarmos todas as crenças e lutas que mantêm o espírito ativista, militante, vivo e pulsante, assim como a utopia sempre renovada de um “outro futuro possível”, e agora necessário. Temos em mãos, outra vez, a possibilidade de dizer que não é esta vida capitalista e sem valores que as juventudes das mais diversas culturas e localidades do planeta querem.

 

Esperamos que outros movimentos possam somar ao Encontro do Enlace das Juventudes da Cúpula dos Povos na Rio+20, de 13 a 15 de abril de 2012, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

 

Assim como outros grupos da sociedade civil, movimentos brasileiros e internacionais de juventudes também estão se organizando para uma participação qualificada na Cúpula dos Povos. Com este sentimento, o Enlace das Juventudes da Cúpula dos Povos chama as organizações da sociedade civil e os movimentos sociais e populares de juventude de todo o Brasil e do mundo para participar desse processo, que busca construir as convergências de forma aberta e colaborativa e fazer deste momento a oportunidade para “reinventar o mundo”. Esperamos que estes “momentos” possam contribuir para acumularmos forças na resistência e disputa por novos paradigmas de sociedade, baseados na defesa da vida e dos bens comuns.

 

Nesse sentido, compreendendo a necessidade de estruturar fisicamente nossa atuação – cuidando do bem estar, do descanso, da alimentação e de toda estrutura necessária para adequada condução dos processos da Cúpula dos Povos – focamos a atuação do Enlace na garantia e organização do Território Internacional das Juventudes, bem como na organização das atividades autogestionadas e estruturantes – seja no Território Internacional das Juventudes, no Território do Futuro ou em qualquer outro território. Nossas atividades na Cúpula dos Povos estarão concentradas no Território Internacional das Juventudes e também nos espaços de atividades da Cúpula, onde queremos promover, fundamentalmente, encontros: de pessoas, de ideais, de propostas e, por que não, de conflitos, entendendo que todos estes “espaços” estarão na busca por nossas soluções.

 

Estaremos no campus da praia vermelha da UFRJ, mas também iremos facilitar alguns processos no Aterro do Flamengo, onde se concentrarão as principais atividades da Cúpula dos Povos. As ruas também serão nosso lugar de reivindicação de direitos e apontamentos de soluções e tecnologias sociais – ao longo dos dias, esperamos promover diferentes manifestações que chamem a atenção para as nossas causas.

 

Programação

 

Antes mesmo de apresentarmos a proposta metodológica, é importante uma visão geral sobre a programação. Importante também compreender os vínculos entre essa programação e a proposta metodológica do Enlace das Juventudes, assim como a relação entre essa metodologia das juventudes e a metodologia geral da Cúpula dos Povos – buscaremos sempre convergência nos eixos e temas propostos pela Cúpula dos Povos.

 

Outro aspecto bastante importante do Território das Juventudes, que incide diretamente na agenda de programação, é o caráter autogestionário do espaço público e comum – portanto, a organização de coletivos autonomos em torno de tarefas coletivas será crucial. Estes coletivos estão sendo chamados de “Brigadas”. Haverão vários momentos de convergência entre as várias Brigadas (limpeza, alimentação, transporte, saneamento, segurança, ass. médica, infraestrutura e alvorada); será necessária organização de encontros autonomos diários das Brigadas – para atualização de informações e adequação da condução das tarefas.

 

São previstas atividades autogestionadas, inscritas na Cúpula dos Povos pelas entidades que compôem o enlace e também atividades estruturantes – propostas pela Secretaria Geral do Enlace e seus Grupos de Trabalho. Das atividades estruturantes, é importante frisar o caráter organizativo das atividades “Abertura do Território Internacional das Juventudes” no dia 15 e “Atividade Meio” no dia 18, são os principais momentos de partilha de informações, de tarefas e de estratégias. Serão realizadas também “Rodas de Conversas” – momentos de convergências no âmbito das juventudes e preparatórias para as convergências no âmbito da Cúpula como um todo, além de preparação para o dia 20 e atividades formativas. Por fim, há ainda grande foco para as e mobilizações de rua. A programação final do Território das Juventudes em breve será divulgada.

 

Mapeamento de Inscrições para o Território Internacional das Juventudes

 

Esperamos de 2000 a 2500 jovens de todo o mundo no Território da Juventude Internacional de Cúpula dos Povos na Rio +20, no Rio de Janeiro, Brasil. No entanto, sabemos que a demanda de espaços para acampamento de diversas juventudes durante a cúpula dos Povos é muito maior do que nossa capacidade de suporte no campus da praia vermelha da UFRJ. Neste sentido, e em busca de uma solidariedade real, entendemos que todo esforço coletivo será necessário para acolhermos a todos e a todas, e estamos em constante busca de parcerias e articulações na cidade para garantir o direito à cidade e ao território para todos aqueles grupos e organizações que pretendem vir e somar esforços nas convergências propostas pela Cúpula.

 

Diante deste desafio, pactuamos também que as juventudes abrigadas por este território serão, prioritariamente, integrantes das organizações que compõem este enlace. Ao tomar esta decisão, imediatamente teremos que pensar e articular outras formas para atender as necessidades não só dos grupos “enlaçados”, mas também de novos atores que possam surgir as vésperas da Cúpula dos Povos. É com este sentimento que estamos trabalhando incessantemente para descobrir quais as necessidades reais de outros possíveis grupos interessados – portanto, estamos abrindo um mapeamento de inscrições para o acampamento, onde será feito uma distribuição democrática, justa e transparente. Em breve será dado um retorno a cada movimento, organização, redes, coletivos e grupos que demandarem necessidade de abrigo.

Se tiver dúvidas ou sugestões entre em contato com a Juventude do Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20 – Cúpula dos Povos pelo e-mail juventudes(at)rio2012.org.br.

 

 

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