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9:00 am 26 Abril 2012
—
5:00 pm 27 Abril 2012
em
Rio de Janeiro, Brasil.
Descrição
Atores
Movimentos sociais
O modelo de desenvolvimento capitalista em curso, no atual contexto de agravamento da crise sistêmica, é indissociável da lógica destrutiva do capital que vorazmente se apropria dos recursos naturais, empreende violentas expropriações, afetando povos indígenas, camponeses, ribeirinhos e, igualmente, os trabalhadores espoliados nas grandes cidades.
A ofensiva do capital foi enfrentada por movimentos socioambientais que denunciaram e organizaram extraordinárias lutas contra os tratados de livre comércio e a militarização dos territórios e das lutas sociais, revigorando a questão da terra e do bem viver dos povos. Ao longo dos anos 1990, essas lutas assumiram importante dimensão, abalando governos e os negócios das corporações e, por isso, desde a Cúpula da Terra e da Rio 92, as corporações vêm difundindo uma poderosa ideologia: o desenvolvimento sustentável. Passadas mais de duas décadas, os problemas socioambientais mundiais se agravaram, os conflitos pelo uso da água, da terra, da biodiversidade e das fontes de energia assumiram muito maior proporção. Tribunais populares vêm sustentando que o IIRSA e, no Brasil, o PAC, financiado pelo governo federal via BNDES, somente têm provocado destruição, mortes, desapropriações, empregos degradantes e temporários, e aprofundamento dos problemas socioambientais. Diante de tal ofensiva, a falida promessa do desenvolvimento sustentável tem de ser renovada por novas palavras e novas perspectivas de “progresso social” e valorização da “qualidade ambiental”.
Na Rio + 20 as corporações, ocultadas por suas fundações e ONG’s, pretendem difundir o capitalismo verde como palavra que possibilite mais alguns anos de saqueio dos recursos naturais, de uso intensivo de energia e de expropriações. Tal como na Rio 92, o objetivo é despolitizar, cooptar movimentos e organizações e grupos de pesquisa nas universidades.
O seminário Rio + 20: a agenda do capital na perspectiva dos movimentos sociais e do pensamento crítico é um espaço livremente construído pelos movimentos e pelos grupos de pesquisa comprometidos com a luta socioambiental nas universidades. Em comum, as entidades e coletivos que o convoca pretendem servir de contraponto ao pensamento único das corporações, de seus intelectuais e dos governos que lhes servem.
O seminário pretende: examinar o padrão de acumulação e as ideologias que pretendem legitimá-lo; compreender, a partir da luta social dos setores atingidos pelos empreendimentos do IIRSA/PAC/BNDES, os problemas socioambientais concretos, e indicar possibilidades de alternativas que estão sendo forjadas nessas lutas, incentivando lutas unitárias contra a agenda que o capital quer legitimar na Rio + 20.
Regiões
América Latina
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Rio+20: a agenda do capital na perspectiva dos movimentos sociais e do pensamento crítico