Propostas
Propuestas para un economía justa y sustentable Propostas para uma economia justa e sustentável
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Este Caderno de Propostas foi preparado por Gustavo Marín com o apoio de Germà Pelayo e contribuições de Candido Grzybowski, Matthieu Calame e Jorge Romano, retomando as apresentações e o debate consagrado à economia durante o seminário organizado por IBASE, pelo Foro por uma Nova Governança Mundial (FNGM) e EURALAT no Rio de Janeiro, de 10 a 12 de Agosto de 2011. É naturalmente um documento inacabado, em andamento e, portanto novas críticas e contribuições irão enriquecê-lo.

 

Introdução

 

A gravidade da crise ambiental atual é expressão de uma crise mais profunda, uma crise civilizatória do capitalismo moderno baseada na predominância do mercado desregulado, na especulação financeira, no consumismo desenfreado, na busca constante de crescimento, na injustiça econômica e na pobreza. Diante das atuais, previsíveis e devastadoras conseqüências de um conjunto de crises sistemáticas e recorrentes, se impõe a necessidade urgente de mudar profundamente a organização econômica e política das sociedades atuais e abrir caminho para um mundo sustentável, justo e solidário.

 

A urgência é nítida: não se trata somente de sair do capitalismo, mas também é preciso alterar de modelo de civilização. A humanidade entrou em um período de longa transição onde a mudança de civilização não é um recurso satisfatório, mas um desafio histórico diante do qual estão os povos no século 21. Para isso temos que começar por revelar e derrubar os mecanismos de modelo econômico dominante e, ao mesmo tempo, iniciar as mudanças. Mas, como serão os novos modelos econômicos do século 21? Quais serão os novos sistemas financeiros, produtivos, e distributivos? Com que matrizes energéticas? Existem muitas idéias e experiências a escala territorial e regional da nova economia que se requer. É preciso dar corpo a uma visão que articule a dimensão local com a mundial para reforçar os primeiros passos de uma nova economia que os povos e o planeta necessitam.

 

Para isso é necessário abolir os mitos da economia oficial e passar da economia neoclássica à economia política, ou seja, a uma nova economia com idéias, conceitos e visões diferentes e que se encarregue da complexidade dos processos em curso neste período de transição. A economia política deve ser recuperada como uma ciência humana, inexata, superando os mitos de uma suposta economia constante, com leis inalteráveis.

 

Propostas e resumos

 

Índice

 

  • 1. Fundamentos de uma nova economia orientada a satisfazer dignamente as necessidades dos seres humanos respeitando os sistemas naturais da vida e do planeta.
  • 2. Enfrentar a tirania do capital financeiro e especulativo.
  • 3. Organizar um novo sistema monetário articulando múltiplas moedas e reforçando os pilares de um intercâmbio solidário, sustentável e democrático.
  • 4. Transitar do crescimento ilimitado para um “decrescimento diferenciado” e um “crescimento orgânico”.
  • 5. A produção e o consumo não devem estar guiados pelo mercado e sim pela satisfação das necessidades. A urgência prioritária é reduzir as desigualdades e erradicar a pobreza.
  • 6.A relação dos seres humanos com a natureza deve ser repensada através de uma perspectiva de cooperação.
  • 7. A economia do cuidado deve ser valorizada porque corresponde à necessidades humanas vitais e fundamentais.
  • 8. Promover e desenvolver a segurança e a soberania sustentáveis.
  • 9. Formular e promover uma economia dos bens comuns.
  • 10. Tornar possível a transição para uma biocivilização pela sustentabilidade da vida e do planeta.
  • Para o Foro Social Temático em Porto Alegre e Rio+20.

 

 

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